Seguindo com as alterações, hoje quero que entendam um pouco sobre a CINTURA PÉLVICA.
A base do nosso tronco é formada pela CINTURA PÉLVICA. Ela constitui também, o suporte do nosso abdômen, e une os MEMBROS INFERIORES e o TRONCO. Trata-se de um anel ósteo-articular fechado composto por três peças ósseas (2 ossos ILÍACOS e o SACRO), e três articulações de pouca mobilidade (2 articulações SACROILÍACAS e a SÍNFISE PÚBICA), que não vem ao caso detalhar essa composição no momento, para que fique mais fácil o seu entendimento.
A CINTURA PÉLVICA tem a forma de um funil, com uma base superior grande, conectando a cavidade abdominal com a PELVE através da abertura superior.
Quando comparamos a PELVE masculina e feminina, nota-se um dimorfismo entre elas, sendo que a FEMININA é muito mais LARGA, FINA, LEVE e EXTENSA, possui menos altura e proporcionalmente a abertura superior é mais larga e aberta em relação à MASCULINA.
Essa diferença em sua morfologia se dá em função da gestação, e principalmente em virtude do parto, visto que o FETO e especialmente sua cabeça, sendo a parte mais volumosa, inicialmente se situa por cima da abertura superior, através da qual ele deve passar no momento oportuno para se encaixar, e posteriormente abrir caminho pela abertura inferior da PELVE.
Ainda em relação à PELVE, são possíveis seis direções diferentes em relação aos seus MOVIMENTOS:
- INCLINAÇÃO ANTERIOR e POSTERIOR;
- INCLINAÇÃO LATERAL ESQUERDA e DIREITA;
- ROTAÇÃO DIREITA e ESQUERDA.
Agora que situados, cabe lembrar a vocês que:
“OS DESEQUILÍBRIOS NA CINTURA PÉLVICA NUNCA SÃO PRIMÁRIOS. É SEMPRE CONSEQUÊNCIA DE UMA CAUSA LOCALIZADA ABAIXO OU ACIMA”. (EDER LIMA, 2017)
Uma dessas ALTERAÇÕES é a RETROVERSÃO DA PELVE, que como entendido no parágrafo anterior, sendo a causa localizada acima, esta alteração irá gerar um desequilíbrio da coluna lombar e alterações de um ou ambos os membros inferiores (processo descendente). Caso localiza-se abaixo, esta alteração é consequência de um desequilíbrio de um dos membros inferiores ou ambos, sendo assim, irá gerar um desequilíbrio na coluna lombar num processo ascendente.
Em virtude dessa ALTERAÇÃO, encontramos alguns DESEQUILÍBRIOS musculares como por exemplo, FRAQUEZA em :
- ILIOPSOAS
- RETO FEMORAL;
- TENSOR DA FÁSCIA LATA;
- SARTÓRIO;
- ERETORES DA ESPINHA além, de enfraquecimento DAS ROTAS MIOFASCIAIS da:
- LINHA ANTERIOR PROFUNDA;
- LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR e
- LINHA FUNCIONAL POSTERIOR.
E MÚSCULOS ENCURTADOS:
- GLÚTEO MÁXIMO*;
- ISQUIOSSURAIS;
- RETO ABDOMINAL;
- OBLÍQUO INTERNO e EXTERNO e as ROTAS das Linhas:
- SUPERFICIAL ANTERIOR e
- FUNCIONAL ANTERIOR.
Mais uma vez, estes desequilíbrios são encontrados através de uma “DESCENTE” AVALIAÇÃO POSTURAL, e assim criar a melhor estratégia e recuperar este PADRÃO ALTERADO. Algo bem-vindo a este processo é a completa REORGANIZAÇÃO MUSCULAR, e principalmente ter uma atenção especial durante os exercícios, para que a PELVE seja mantida em neutro (não deixando que ocorra a RETOVERSÃO), tentando criar um novo padrão de equilíbrio para esta região.
Quer saber mais? Fique de olho em nossas publicações no FACEBOOK e/ou INSTAGRAM.
Visite nosso site www.maximizeapp.com.br
ATÉ A PRÓXIMA…
Artigo escrito por: Mauri Maziero
Referências Bibliográficas
FLOYD, R.T. 2016. Manual de Cinesiologia Estrutural. 19ª Ed;
KAPANDJI, A.I. 2000. FISIOLOGIA ARTICULAR. Tronco e Coluna Vertebral. Vol 3;
LIMA, Eder, 2017. Identificação e Correção dos Padrões Alterados de Movimento. (Bope Online);
NEUMANN, Donald A. 20011. Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético. Fundamentos para a Reabilitação. 2ª Ed.